Em 2014 o Brasil voltará a sediar a Copa do Mundo de Futebol. Sendo sem duvidas uma paixão do povo brasileiro, o futebol, ao longo da historia entra no jogo capitalista, virando um grande negocio que gira grandes quantias de dinheiro, e a organização de uma copa do Mundo meche não só com a paixão dos torcedores, mas até mesmo com a economia, principalmente de um país que sedia esse evento.
O Brasil não teve concorrentes na busca de sediar o evento, ao contrario das olimpíadas, a copa do mundo no Brasil foi decidida de forma unânime, pois não havia copa do mundo na América do Sul dês de 1978 e pode ter pesado o fato de que o Brasil possui cinco títulos.
Mas para sediar uma copa do mundo, o país deve atender exigências da entidade organizadora, no caso, a FIFA, que impõe requisitos de segurança, melhorias nos estádios e exige também que o país sede dê a ela benefícios fiscais.
No Brasil foi adotada a medida provisória nº 497 de 27 de julho de 2010, que grosso modo, dará uma serie de vantagens fiscais e tributarias para as pessoas jurídicas que participarão das obras e de processos ligados ao evento. Essas empresas não terão que pagar taxas como, Imposta sobre a renda de pessoa jurídica IRPJ, não pagarão a contribuição social sobre o lucro liquido CSLL, Imposto sobre importação IPI e não contribuirão para o PIS/PASESP e COFINS.
Ficará Instituído no Brasil o Regime Especial de Tributação, para construção, reforma ou modernização de estádios de Futebol com utilização prevista para a Copa das Confederações 2013 e Copa do Mundo FIFA 2014 (RECON) instituída pelo artigo 2º da MP 497. Já o artigo 3º deixa claro que será beneficiaria do RECON as empresas jurídicas que tenham projeto aprovado até 31 de dezembro de 2012 nos termos do convenio do ICMS. Caberá o Ministério dos Esportes, avaliar e aprovar os projetos que se enquadram ao evento.
É sempre motivo de discussão se essas medidas são validas, dentro de um país onde existem uma grande quantidade de taxas e impostos, vindos da União, Estados e municípios, empresas e população reclamam. Será que a população acha justo, empresas ligadas a esse evento se isentar de impostos? Na verdade outra discussão que se faz é se vale a pena o Brasil gastar bilhões do cofre publico para um evento esportivo, dentro de um país onde exista desigualdade social, sistema de educação e educacional precários, e que certamente precisariam desse dinheiro. Muitos acreditam que é justamente um evento desse, que trará a chance de investimos nessas áreas, com dinheiro que certamente a economia e o PIB trará para o pais, como aconteceu em todos os países que sediaram a copa teve lucros e crescimento no PIB , como a Alemanha e a áfrica do Sul, o pais africano teve meio ponto de aumento do seu PIB, graças a copa de 2010.
Provavelmente, o mais importante é que se discuta que lucros sejam destinados a população, ao contrario da Alemanha, onde os lucros foram destinados aos clubes de futebol alemão, com o pretexto de estarem investindo no esporte. Quem sabe se o Brasil optar por exigir que os estádios estejam a mercê do povo, não só para assistirem jogos, mas como também realizar eventos,e jogos praticados por campeonatos amadores e universitários. Quem sabe o Brasil realmente destine parte do lucro para áreas de educação e saúde, talvez seja isso que a população deva cobrar do governo, e também cobrar meios de transparência desses recursos, um passo importante é que o site do Tribunal de Contas já está operando o portal de transparência da COPA 2014, onde a população pode, e deve estar fiscalizando, cada centavo que entra e sai, pra quem foi ou deixou de ir os recursos.
O Brasil certamente é capaz de realizar um grande evento, um grande e um grande espetáculo, quando esses país quer, mesmo que seja pra impressionar os “outros” esse pais prova que é capaz. Provavelmente seja a hora de aflorar o verdadeiro nacionalismo, não só aquele de torcer pro time de amarelo da CBF, mas sim de uma nação junto trabalhar em prol desse grande evento, e que seja um evento que traga benefícios econômicos, onde toda a população seja beneficiada ao final.
- André Guilherme
se o dinheiro investido fosse realmente todo pros estádios e pra realização da copa, seria uma boa!
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